Com a aprovação do projeto Identificação e Delimitação de
Populações de Camarões Peneídeos pelo CNPq o Laboratório de
Biodiversidade Molecular e Conservação da Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar) passa a integrar quatro redes de pesquisa que
desenvolvem estudos na área no país.
O trabalho faz parte da rede Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia (INCT) do Mar, que reúne centenas de pesquisadores
de 15 instituições de Ensino Superior que estudam a biodiversidade
marinha, coordenados pela Universidade Federal do Rio Grande.
Este projeto da UFSCar é coordenado pelos professores
Pedro Manoel Galetti Júnior e Patrícia Domingues de Freitas, do
Departamento de Genética e Evolução, e a proposta é pesquisar a genética
dos camarões para, por exemplo, identificar os diferentes estoques
deste crustáceo pela costa nacional e, assim, poder colaborar com
políticas públicas nesta área. "Resolvemos estudar os camarões, pois são
animais bastante explorados economicamente e poder colaborar com
informações genéticas para direcionar a legislação sobre o seu manejo e
exploração pesqueira é fundamental para conservar e evitar a extinção",
comenta Galetti Júnior.
Cooperação - As Redes de Pesquisa são
formadas por grupos de pesquisadores de diversas instituições do Brasil e
do mundo, organizados em torno de um tema comum. "Elas são extremamente
importantes para a indução ao desenvolvimento de uma dada área de
pesquisa, como também para o fortalecimento da capacidade instalada nas
Instituições, visando possibilitar o acesso de diferentes grupos de
pesquisa a uma infraestrutura competente e moderna montada
regionalmente", diz o professor.
Com a proposta de preservar as espécies animais por meio
da genética da conservação, o Laboratório de Biodiversidade também está
inserido há seis meses nas redes de pesquisa Sistema Nacional de
Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota-Brasil), Rede Brasileira de
Biodiversidade (Barcoding) e Rede Brasileira de Biodiversidade ProTax
(Programa de Capacitação em Taxonomia). O Sisbiota-Brasil é uma
iniciativa conjunta entre os ministérios da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI), da Educação (MEC) e do Meio Ambiente (MMA), do Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do CNPq,
da Capes e de 18 fundações de amparo à pesquisa estaduais.
Há seis meses o projeto coordenado pelo Laboratório da
UFSCar foi aprovado e integra o Sisbiota-Brasil. Até 2014, o projeto
receberá recursos para pesquisar sobre Predadores Topo de Cadeia
Alimentar, integrando estudos de biologia, ecologia e genética de
peixes, aves e felinos. "Estar na coordenação de uma rede nacional tem
um sentido muito grande. Significa responsabilidade de articulação de um
amplo conjunto de ações, reconhecimento e confiança dos participantes e
colaboradores e oportunidade de interlocução com todos os grupos de
pesquisa envolvidos, que, neste caso, somam 10 instituições em todo o
Brasil", explica Galetti Júnior.
Outras duas grandes redes também têm a participação do
laboratório da UFSCar. A Barcoding é uma iniciativa do MCTI, do FNDCT e
do CNPq que objetiva ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade e dar
suporte à consolidação de uma linha de pesquisa sobre códigos de barra
da biodiversidade do Brasil. DNA Barcoding, ou "código de barras da
vida", é a identificação genética de seres vivos a partir do fragmento
de um gene para comparação nos animais. A Rede Nacional ProTax é uma
iniciativa do CNPq e os pesquisadores trabalham na classificação das
espécies pelos caracteres morfológicos e moleculares.
Para Galetti, "as redes de pesquisas não são novidades,
mas vêm crescendo devido às facilidades promovidas por esta maneira de
organização. A pesquisa estruturada em redes permite a otimização de
recursos, equipamentos e pessoas. Além disso, o trabalho é feito de
forma associativa e cooperativa entre diversas instituições do Brasil e
do mundo". (Com informações da UFSCar).
Fonte: CNPq e MCTI
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