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O que é biotecnologia?
A palavra biotecnologia só começou a ser utilizada no século XX, mas suas técnicas já existiam desde o ano 1800 a.C. quando, por meio da fermentação, o homem produzia vinho, cerveja, pão, queijo entre outros produtos. Era a biotecnologia convencional. A partir dos anos 70, dá-se início à biotecnologia moderna, quando, em 1973 Herbert Boyer, na Califórnia, expressou o gene da insulina humana em uma bactéria do nosso intestino (Escherichia coli). Daí por diante, por meio da pesquisa científica, novas técnicas permitiram a transferência de genes de uma espécie para outra, proporcionando uma gama de aplicações voltadas ao benefício da sociedade.
Dentre as aplicações da biotecnologia na saúde humana temos a produção de insulina humana, essencial para os portadores de diabetes, utilizando bactérias. Outro uso da biotecnologia é a produção hormônios humano como o do crescimento. No campo da prevenção de doenças, há ainda a produção de vacinas recombinantes e “kits” diagnósticos para doenças de seres humanos e animais.
Na agricultura, vários países utilizam a biotecnologia para a produção de alimentos geneticamente modificados resistentes a pragas ou doenças, ou tolerantes a herbicidas, que permitem aos agricultores a menor utilização de agrotóxicos e agroquímicos, a redução nos gastos de produção, e o aumento da qualidade dos alimentos que vão para a mesa dos consumidores. Existem ainda pesquisas já bem avançadas e que muito brevemente disponibilizarão alimentos com mais vitaminas e nutrientes, plantas resistentes à seca ou à umidade, plantas que servirão como vacinas para diversas doenças, frutas com maior tempo de amadurecimento, e outras tantas vantagens.
A biotecnologia também pode ser aplicada na preservação do meio ambiente, com a utilização, por exemplo, de bactérias produtoras de plástico biodegradável para embalagens e demais produtos. Outro excelente campo de utilização da biotecnologia nesta área é a produção de biocombustíveis, que substituem com vantagens para omeio ambiente a energia fóssil, e que podem ser mais baratos, pelo uso de materiais como a cana-de-açúcar e as microalgas.
A percepção da vantagem competitiva da Biotecnologia do Brasil surgiu no início da década de 80. De lá para cá, cada vez mais, o Governo Brasileiro, obedecendo às normas da biossegurança e da bioética, tem se dedicado, por meio de políticas e investimentos, a projetos científicos, tecnológicos e de capacitação de recursos humanos, em parceria com o setor produtivo, nas mais diversas áreas de aplicação da biotecnologia.
A biotecnologia foi considerada uma das áreas mais promissoras entre os diversos desenvolvimentos tecnológicos emergentes, razão pela qual o Governo elaborou uma política industrial setorial específica, a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (Decreto nº 6.041/2007), em consonância com a PITCE (Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior), para apoiar a incorporação dessa tecnologia nos processos industriais brasileiros como forma de alavancar o desenvolvimento social e econômico do país.
Para tanto um moderno marco lega foi instituído formado pela Lei de Inovação (Lei 10.973/2004), pela Lei do Bem (Lei 11.196/2005), pela Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), pela Política de Desenvolvimento da Biotecnologia/PDB (Decreto6.041/2007), pela Política de Desenvolvimento Produtivo - PDP (12.05.2008) que, no campo da inovação, estabelece uma continuidade com as políticas anunciadas por meio do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação - PACTI (de 20.11.2007)) do Ministério da Ciência e Tecnologia,
No PACTI é dada especial atenção a alguns setores intensivos em tecnologia, que apresentam transversalidade setorial, multidisciplinaridade técnico-científica e grande potencial inovador e dinamizador da economia que, aliado ao significativo peso no balanço de pagamentos, justificam sua seleção. Este é o caso da biotecnologia.
Fonte: Ministério da Ciência e tecnologia