Criação de uma política nacional para o setor está em andamento
Da Agência Sebrae de Notícias
Para o secretário de Inovação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Nelson Fujimoto, a biotecnologia “está inserida e vai impactar diversas cadeias produtivas no Brasil, como saúde (vacinas, anticorpos e hemoderivados), agropecuária, indústria de alimentos e biocombustíveis”. Ele ressaltou que as ideias produzidas nesse fórum serão utilizadas na construção da política de biotecnologia do Plano Brasil Maior do governo federal.
Wilker Ribeiro Filho, especialista em projetos da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), lembrou que os investimentos em biotecnologia são altos e chegarão a R$ 43 milhões em inovação no agronegócio, R$40 milhões para inovação na saúde e de R$211 milhões para fomento ao investimento produtivo.
O presidente da Associação Brasileira de Biotecnologia, Fernando Kreutz, afirma que o setor possui grande dependência de investimentos públicos. “Apenas 14% do investimento em biotecnologia é privado. Essa é uma grande oportunidade para empresas, já que o potencial de conhecimento e geração de tecnologias é enorme.”
Outro ponto de melhoria no setor, apontado por Kreutz, é escassez de recursos humanos. Para ele, “os profissionais de biotecnologia preferem trabalhar em universidade pública em vez de se arriscar no mercado empresarial”.
A analista do Sebrae em Minas Gerais, Carla Batista, alertou sobre a importância do associativismo. “Para que isso aconteça, as empresas e instituições devem mudar a postura de participação, não estando presentes apenas em articulações políticas e capacitações. É essencial que trabalho seja feito para alavancar negócios estratégicos, com inovação compartilhada e apontando os setores que vão absorver os produtos de biotecnologia”, afirma.
Outros seminários de biotecnologia estão programados para os próximos dias: 26 de outubro em Porto Alegre e 4 de novembro em Pernambuco, no Encontro Estadual de Biotecnologia.