sexta-feira, 9 de setembro de 2011

China investe em Biotecnologia

China pretende investir 300 bilhões de dólares para se tornar lider em biopharma

Publicado on line 08 de setembro de 2011
Governo central da China vai gastar 10 bilhões de yuans (US $ 1,6 bilhões) e criar um adicional de 30 bilhões de yuans (US $ 4,8 bilhões) dos governos provinciais para ganhar uma posição de liderança mundial em biopharma. Este investimento estratégico faz parte do seu Plano Quinquenal, que visa derramamento reputação do país como produtor barata de produtos de baixa qualidade. Dos sete setores selecionados parainvestimentos, de biotecnologia é um deles. "O governo está injetando dinheiro para apoiar o trabalho realmente inovador", diz Dan Zhang, CEO da Fonte de Desenvolvimento Médico em Pequim, que está analisando propostas de concessãopara o Ministério da Ciência e Tecnologia (MOST). "Quase todo o dinheiro concederirá para estudos pré-clínicos e clínicos dos projectos verdadeiramente inovadores."MOST vice-presidente Liu Yanhua anunciada numa reunião bioeconomia em Tianjinem junho que o governo espera receita de biotecnologia vai ultrapassar 2 trilhões de yuans (311.000 milhões dólares americanos) até 2020. Muito ocidentais que trabalham com biotecnologia consideram o boom da China para a inovação nesse setor como sendo um benefício para ambos os lados, como analistas prevêem que as parcerias entre a China e o Ocidente vai ser efetivo na próxima década. Se as expectativas da China por uma ascensão meteórica irá ameaçar a liderança de biotecnologia do Ocidente é incerto, Ingrid Yin, analista sênior da Oppenheimer, em Nova York, acredita que a China deve primeiro expandir sua infra-estrutura de pesquisa e atrair uma base de talentos antes que ele possa se ​​desenvolver em uma potência mundial em biotecnologia. "Será um processo gradual", diz ela
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Heiko Yang
Nature Biotechnology 29, 779 (2011) doi: 10.1038/nbt0911-779b

Chamada estimula pós-graduação em biotecnologia

Chamada estimula pós-graduação em biotecnologia
06/09/2011 - 19:53
Com o objetivo de apoiar projetos de cursos de pós-graduação em 16 temas na área de biotecnologia, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) lançam chamada pública com inscrições até 17 de outubro.

Ao todo serão investidos R$ 300 mil. O proponente deve possuir título de doutor e ser o coordenador do curso e professor ou pesquisador vinculado à instituição.

Os temas são:

1. Plataformas avançadas de sequenciamento de DNA, com ênfase em seleção genômica;
2. Análise global de expressão gênica: transcriptômica, proteômica e metabolômica;
3. Bioinformática;
4. Epigenética;
5. Biotecnologia agropecuária e aquicultura, incluindo estresses bióticos e abióticos;
6. Desenvolvimento inovador de vacinas, fármacos e métodos de diagnóstico de enfermidades humanas, animais e vegetais;
7. Escalonamento de bioprocessos;
8. Biotecnologias de células-tronco: desenvolvimento e aplicações;
9. Biocombustíveis de segunda e terceira geração;
10. Biossensores e biorremediação;
11. Biocontrole e bioinoculação;
12. Aspectos inovadores da interação microrganismo-hospedeiro;
13. Técnicas para análise, conservação e uso de recursos genéticos;
14. Aplicações tecnológicas de biomateriais;
15. Neurobiotecnologia;
16. Biossegurança e manejo de biotérios

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Transformar gordura ruim em boa

08/09/2011

Agência FAPESP – Um grupo de cientistas identificou um mecanismo biológico que transforma gordura branca em marrom. A novidade publicada na edição de setembro da revista Cell Metabolism poderá auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias para tratar a obesidade.

O homem tem dois tipos de tecido adiposo: o marrom, ligado à regulação da temperatura e abundante em recém-nascidos; e o branco, cuja função é acumular energia no corpo e está mais presente em adultos. A gordura branca está associada à obesidade e falta de exercícios. É a gordura indesejada e que muitos querem se livrar do excesso.

O novo estudo, feito em modelo animal por cientistas do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, demonstrou que a transformação da gordura ruim em boa é possível devido à ativação de uma enervação e de um caminho bioquímico que começa no hipotálamo (área cerebral envolvida no balanço energético) e que termina nas células adiposas brancas.

A transformação das gorduras foi observada quando os animais foram colocados em um ambiente mais rico, com maior variedade de características e desafios físicos e sociais.

Camundongos foram colocados em recipientes contendo rodas de girar, túneis, cabanas, brinquedos e diversos outros elementos, somados a alimento e água em quantidades abundantes. Um grupo controle também foi exposto a água e alimento sem limites, mas em ambiente sem dispositivos para que pudessem se exercitar.

Segundo os cientistas, a maior transformação de gordura branca e marrom foi associada a um ambiente fisicamente estimulante, mais do que à quantidade de alimentos ingerida.

“Os resultados do estudo sugerem o potencial de induzir a transformação de gordura branca em gordura marrom por meio da modificação do nosso estilo de vida ou pela ativação farmacológica desse caminho bioquímico”, disse Matthew During, professor de neurociência e um dos autores do estudo.

O artigo White to Brown Fat Phenotypic Switch Induced by Genetic and Environmental Activation of a Hypothalamic-Adipocyte Axis (doi:10.1016/j.cmet.2011.06.02), de Matthew J. During e outros, pode ser lido por assinantes da Cell Metabolism em www.cell.com/cell-metabolism.

Reportagem exibida em: http://agencia.fapesp.br/14453

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

VI Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular

A Associação Brasileira de Terapia Celular estará promovendo no período de dia 28 de setembro à 01 de outrubro de 2011, o VI Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular, ele será realizado em Salvador - BA.

Objetivos

Em sua quinta edição o evento tem como objetivo divulgar as mais recentes pesquisas, avanços e inovações no desenvolvimento da ciência e da tecnologia na área da terapia celular, possibilitando o intercâmbio entre pesquisadores, estudantes e demais profissionais da área, difundindo e ampliando conhecimentos.

Público

Participantes:

- Pesquisadores e professores da área

- Estudantes de graduação e pós-graduação.

Temas

Serão abordados aspectos atuais do estudo básico e aplicado das células-tronco, terapia celular, engenharia de tecidos e áreas afins.


Se inscreva em: http://www.interlinkeventos.com.br/celulastronco2011/index.html

A magreza está nos genes!

Aquelas pessoas irritantes que afirmam que podem comer de tudo que gostam, e na quantidade em que desejam, mas nunca(!) ganham peso podem ter recebido cópias extras de certos genes, de acordo com estudo publicado na revista Nature.

Enquanto muitas causas genéticas já foram identificadas como os principais determinantes da obesidade, esta é a primeira vez que uma explicação para a “magreza extrema”, envolvendo os genes, foi revelada.

No estudo, cientistas examinaram o DNA de 95 mil pessoas em busca de padrões vinculados à propensão de estar muito abaixo do peso.

Os pesquisadores do Imperial College, em Londres, e da Universidade de Lausanne, na Suíça, descobriram que a duplicação de uma parte do cromossomo 16, contendo mais de duas dúzias de genes, é fortemente associada ao peso baixo, definido como IMC (índice de massa corporal) menor a 18,5.

Obesidade X Magreza

O IMC considerado normal varia entre 18,5 e 25. O índice entre 25 e 30 significa “sobrepeso” e acima de 30, “obesidade“. No ano passado, essa mesma equipe de pesquisa descobriu que pessoas sem esses genes têm 43 vezes mais probabilidade de serem obesos mórbidos.

Contudo, agora tem sido revelado que as pessoas em quem estes genes específicos são duplicados são mais suscetíveis a serem excessivamente magras. Então, a obesidade e magreza extrema podem ser dois lados da mesma moeda.

Segundo o estudo, cerca de uma em cada duas mil pessoas tem os genes duplicados. O que deixa os homens 23 vezes mais e as mulheres 5 vezes mais propensos à serem magros demais.

Os cientistas têm muito trabalho a fazer para descobrir mais sobre os genes nessa região, afirma Philippe Froguel, professor da Escola de Saúde Pública do Imperial College. A equipe de pesqusiadores agora planeja a sequência de genes que poderiam levar a novos tratamentos potenciais para o controle de peso e distúrbios do apetite.

Normalmente, cada pessoa tem uma cópia de cada cromossomo do pai e da mãe, totalizando duas cópias de cada gene. Mas o genoma é cheio de buracos onde os genes são perdidos, ou contém outros locais que têm cópias extras deles.

Segundo Froguel, em muitos casos, essas duplicações e apagamentos não costumam causar efeitos, mas, ocasionalmente, eles podem gerar doenças.

Essa descoberta tem implicações importantes para o diagnóstico da saúde da criança

Em metade das crianças com a cópia a mais do gene foi diagnosticada uma condição não-específica conhecida como “falha de desenvolvimento”. Essa síndrome faz com que a taxa de ganho de peso seja significativamente menor do que a normal.

Ou seja, a falta de crescimento na infância pode ser genética. Então, se uma criança não está comendo, não é, necessariamente, por culpa dos pais, afirma o professor.

A pesquisa também mostrou que um quarto das pessoas com a duplicação genética tinha microcefalia (uma condição na qual a cabeça e o cérebro são anormalmente pequenos e que está ligada a defeitos neurológicos) e expectativa de vida mais curta.

Duplicações na mesma região, também têm sido associadas à esquizofrenia, enquanto as exclusões estão associadas com o autismo.

Fonte: blog da saúde

Reportagem exibida em: http://www.biotec.org.br/?p=10450


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Doenças negligenciadas e os desafios no desenvolvimento de novos medicamentos

14 de setembro (13:30 – 18:00)
Local: FAPESP - Auditório Governador Carlos Alberto de Carvalho Pinto, Rua Pio XI, 1500, Alto da Lapa, São Paulo
Coordenador: Carlos A. Montanari (IQ-USP, São Carlos, SP)
Conferencistas:
Celia Garcia (IB-USP, São Paulo)
Glaucius Oliva (IF-USP, São Carlos, SP)
Adriano Andricopulo (IF-USP, São Carlos, SP)
As doenças tropicais negligenciadas (DTN) afetam mais de 1 bilhão de pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Essas doenças afetam as populações mais pobres e vulneráveis do planeta e causam grande impacto socioeconômico sobre o desenvolvimento das regiões atingidas. Os medicamentos disponíveis são extremamente limitados e apresentam sérios problemas, como baixa eficácia e elevada toxicidade. Nesta sessão do Ciclo de Conferências serão discutidos os desafios e oportunidades para o desenvolvimento de novos medicamentos para as DTN, com ênfase nos aspectos relevantes em ciência, tecnologia e inovação.

Inscrições: www.fapesp.br/eventos/aiq/setembro/inscricao

Mais informações: (11)3838-4216/4362

Programação completa das demais conferências que compõem o ciclo: www.fapesp.br/6168


Em programa de rádio, diretor-presidente fala sobre genéricos e inibidores de apetite

September 2, 2011

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, participou nesta sexta-feira (2/8) do programa Brasil em Pauta, transmitido ao vivo pela TV NBR, das 8h às 9h. No programa, o diretor respondeu a questionamentos de repórteres de rádio de todo o país e falou sobre medicamentos genéricos, inibidores de apetite e anuência prévia.

Segundo Barbano, o mercado de genéricos no Brasil ainda tem muito espaço para crescer. “O mercado de genéricos aqui ocupa 25% do mercado de medicamentos. Em alguns países da Europa, essa porcentagem chega a 60%”, disse. Para o diretor, o crescimento do setor está diretamente relacionado à eficiência regulatória.

“A aprovação de medicamentos genéricos no Brasil é uma atividade recente, com pouco mais de 10 anos. Hoje, registramos, por ano, um número três vezes maior de genéricos do que no início do programa. Nossa prioridade é que produtos de qualidade cheguem rápido ao consumidor”, afirmou Barbano. O diretor explicou que, atualmente, a análise de um medicamento genérico na Anvisa leva de 12 a 15 meses.

A restrição do uso de inibidores de apetite no país foi outro assunto levantado pelos radialistas durante a entrevista. Barbano falou sobre o processo de discussão do tema na Anvisa e assegurou que a decisão será tomada de forma transparente, em reunião aberta ao público. O diretor também comentou o posicionamento do Conselho Federal de Medicina, que alega que a opção pela retirada dos anorexígenos vai ferir a autonomia dos médicos.

“Compreendo a preocupação da classe médica com as opções terapêuticas disponíveis para seus pacientes. No entanto, é dever do Estado assegurar que a população brasileira tenha acesso a medicamentos seguros e eficazes. Os médicos têm total autonomia para prescrever medicamentos, o que não significa dizer que não devam se sujeitar às leis do país”, ponderou.

Produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o Brasil em Pauta é um programa de rádio mensal que aborda ações e políticas do governo federal. A entrevista acontece ao vivo, das 8h às 9h, com transmissão pela TV NBR.

Ouça a íntegra da entrevista de Dirceu Barbano para o programa Brasil em Pauta

Vanessa Amaral - Imprensa/Anvisa

fonte: ANVISA

FAPESP e Agilent lançam chamada


FAPESP e Agilent lançam chamada

Propostas de pesquisas em instrumentação avançada e técnicas de medição relacionadas a metabolômica em biologia de plantas, espectrometria de massa e bioenergia serão apoiadas (Agilent)

FAPESP e Agilent Technologies lançam chamada de propostas com o objetivo de identificar, selecionar e apoiar pesquisas de classe mundial em instrumentação avançada e técnicas de medição relacionadas a metabolômica em biologia de plantas e microbiologia, espectrometria de massa e bioenergia.

A chamada envolve dois ingredientes essenciais: a criação de conhecimento científico e a comunicação de resultados na comunidade acadêmica mundial.

Propostas deverão ser submetidas por pesquisadores de instituições de ensino superior e de pesquisa, públicas ou privadas, no Estado de São Paulo.

A chamada disponibilizará um total de US$ 400 mil para apoiar as propostas selecionadas – 50% da FAPESP e 50% da Agilent. Espera-se que sejam selecionadas entre três e cinco propostas, com valores individuais de US$ 75 mil a US$ 150 mil.

As pesquisas poderão ter duração de até 36 meses. A data final para recebimento de propostas na FAPESP é 28 de novembro de 2011.

Mais informações: www.fapesp.br/en/6546

Bioengenharia de tecidos: o futuro dos transplantes?

Na semana passada foi realizado nos Estados Unidos um transplante de vaso sanguíneo “fabricado” com técnicas de bioengenharia e células-tronco, pelos cientistas Breuer e Shinoka. O paciente é um bebê que nasceu com um único ventrículo, um grave defeito cardíaco que atinge cerca de 3000 crianças por ano nos Estados Unidos. Esse defeito faz com que o sangue rico de oxigênio que vem do pulmão e o sangue sem oxigênio que volta das veias se misture de modo incorreto causando uma síndrome denominada “síndrome do bebê azul”. Se não houver intervenção cirúrgica , 70% das crianças que nascem com esse defeito morrem no primeiro ano de vida. É a primeira vez que esse implante, resultante de técnicas de bioengenharia, é realizado nos Estados Unidos, dez anos depois de ter sido feito no Japão comenta Elie Dolgin na revistaNature Medicine (vol 17:9, setembro de 2011). Por que tanta demora e o que aprendemos durante esse tempo, discute ele nesse artigo que vou reproduzir em parte.

A ideia de se fabricar válvulas cardíacas com bio-engenharia não é nova

Esse transplante é resultado de anos de pesquisas. Em 1995 o pesquisador americano Breuer – juntamente com seu colega japonês Shinoka- publicaram o primeiro experimento com tecido “bio engendrado” que foi implantado em um carneiro. Ao invés de usar válvulas mecânicas ou retiradas de cadáveres, eles queriam criar uma “válvula viva” que pudesse responder a estímulos fisiológicos e ao crescimento da criança submetida ao implante do mesmo modo que uma válvula natural. Para isso usaram um molde com um material biodegradável juntamente com células do próprio animal (células endoteliais e fibroblastos ou células da pele). Implantaram essas válvulas com tecido “bio-engendrado ( do inglês bio engineered) em alguns carneiros e mostraram que a estratégia funcionava. Mas os dois pesquisadores se separaram e a pesquisa foi interrompida.

O primeiro implante humano foi realizado no Japão há mais de 10 anos

Em 1999, Shinoka fez o primeiro experimento em uma menina japonesa de 4 anos que tinha um defeito congênito no ventrículo. O cientista retirou um pequeno fragmento da veia da perna da menina, cultivou as células por dez dias e obteve milhões de células que foram colocadas sobre um molde biodegradável e em seguida implantado. Sete meses depois do procedimento a menina estava bem ,sem sinais de complicações, o que o animou a repetir esse experimento em mais duas crianças. Logo em seguida Shinoka mudou a estratégia. Ao invés de cultivar as células por dias, resolveu usar células-tronco da medula óssea do próprio paciente. As células eram aspiradas na manhã da cirurgia e por meio de centrifugação eram separadas milhões de células – responsáveis pela formação de vasos sanguíneos- que eram colocadas diretamente sobre moldes biodegradáveis com formato tubular. Depois de algumas horas de incubação os moldes com células-tronco eram implantados. Entre 2001 e 2004, Shinoka tratou 25 pessoas- que tinham entre 1 e 24 anos- usando essa estratégia. Quatro desses pacientes tiveram estenose (ou estreitamento do vaso) mas o problema foi resolvido e eles estão bem. Por que isso aconteceu ainda é uma incógnita mas de acordo com Shinoka isso demonstra que os resultados do Japão não são perfeitos.

Por que a demora para permitir o primeiro caso nos estados Unidos?

Os pesquisadores que acabam de divulgar o primeiro implante realizado nos EUA, submeteram o protocolo ao FDA ( a agência reguladora Food and Drug Administration) em 2009, exatamente dois anos antes de terem a solicitação aprovada. Para poder ter essa permissão eles tiveram que testar antes o potencial de vasos sanguíneos resultantes de técnica de bio-engenharia em carneiros, usar modelos de camundongos para testar o papel do sistema imune no remodelamento vascular e pesquisar como as células ao redor do implante recobriam o molde para originar um novo vaso sanguíneo. Foi uma quantidade enorme de trabalho, mas valeu a pena, pondera Breuer. Segundo ele, isso permitirá que a próxima etapa seja mais robusta e segura e que forneça mais informações úteis do que nenhum experimento cardiovascular com tecido “bio- engendrado” já realizado em qualquer outro lugar do mundo.

O futuro já começou?

Trata-se de uma iniciativa muito importante. Já falei em outras ocasiões que no futuro, ao invés de recebermos órgãos transplantados, poderemos “consertar” os nossos. Eles serão recondicionados ou terão partes substituídas de modo a funcionar como se fossem novos. O experimento realizado por Breuer e Shinoka, relatado pelo jornalista Elie Dolgin mostra que o futuro já começou.

Por Mayana Zatz

http://veja.abril.com.br/blog/genetica/sem-categoria/bioengenharia-de-tecidos-o-futuro-dos-transplantes/#more-184451

Fonte: http://genoma.ib.usp.br/?p=1930

28º ENCONTRO SOBRE TEMAS DE GENÉTICA E MELHORAMENTO OBJETIVO

Bioinformática é um termo utilizado para descrever o uso de métodos computacionais, matemáticos e estatísticos na organização e análise de dados biológicos, em grande escala e de maneira integrada. A bioinformática tornou-se parte integrante da biologia molecular a partir do grande número de sequências de nucleotídeos e proteínas disponíveis em bancos de dados contendo informações biológicas que não poderiam ser compreendidas sem o auxílio de ferramentas computacionais. Desde então, o desenvolvimento das chamadas ômicas (genômica, transcriptômica, proteômica e, mais recentemente, metabolômica) está diretamente associado ao desenvolvimento da bioinformática. Existem dois tipos de pesquisas associadas à bioinformática: aquelas dedicadas à construção de sistemas e programas e aquelas que usam essas ferramentas computacionais; em ambos os casos, são pesquisas de caráter multidisciplinar que devem agrupar pesquisadores com formação acadêmica variada, abrangendo biólogos, biomédicos, agrônomos, cientistas da computação e matemáticos. Nosso evento apresenta uma programação que aborda os dois lados que compõem a pesquisa em Bioinformática, voltada a estudos de Genética e Melhoramento de Plantas e Microrganismos.

XII Curso de Verão em Psicobiologia

XII Curso de Verão em Psicobiologia

Por Lucas Maia

21 de agosto de 2011

O Curso de Verão em Psicobiologia é uma iniciativa dos pós-graduandos e docentes do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM) e tem como objetivo difundir a Ciência em Psicobiologia. O curso é voltado a estudantes de graduação ou recém-formados nas áreas de Ciências Biológicas e da Saúde e acontece, tradicionalmente, no mês de janeiro de cada ano. Por meio de aulas práticas, teóricas e reflexões em grupo, o participante tem acesso a um amplo conhecimento e vivência, cujo objetivo principal é promover a compreensão das relações entre o Sistema Nervoso Central e o Comportamento.Durante os dias 11 a 27 de janeiro de 2012 será realizada a décima segunda edição do curso. As inscrições acontecerão no período de 12 de setembro a 30 de outubro de 2011 através do site www.cvpsicobiologia.com.br XVII Curso de Verão de Genética - USP Ribeirão Preto Inscrição: 06 de junho a 16 de setembro de 2011 Os Pós-Graduandos e a Coordenadoria de Pós-Graduação em Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto realizarão, entre os dias 16 à 27 de janeiro de 2012, o XVII Curso de Verão em Genética. Esta é uma atividade destinada a alunos graduandos e recém-graduados que tenham cursado a disciplina de genética e que tenham interesse em conhecer seus diferentes campos de atuação ou atuem como monitores ou estagiários nesta área. O objetivo deste evento é divulgar as linhas de pesquisa desenvolvidas no Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. As aulas serão realizadas em período integral e serão divididas em duas partes: Teóricas: onde serão ministradas aulas sobre temas atuais em genética; Práticas: onde os alunos terão a oportunidade de conhecer os laboratórios referentes a cada atividade. Além das atividades teórico-práticas realizadas durante o XVII Curso de Verão em Genética, será oferecido aos participantes um estágio opcional em uma das áreas do Departamento entre os dias 30 de janeiro à 03 fevereiro de 2012, podendo ser estendido ou transferido para outra data dependendo da disponibilidade do Professor-orientador. Dos alunos selecionados será cobrada uma taxa de R$ 20,00 que dará direito a inscrição no evento, participação nos minicursos e material de apoio. Não haverá taxa de devolução em caso de desistência.

21º PROGRAMA BOLSAS DE VERÃO

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) – integrado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) - irá realizar o21º PROGRAMA BOLSAS DE VERÃO, em janeiro e fevereiro de 2012. O Programa visa incentivar estudantes universitários para a pesquisa científica e tecnológica. Poderão se candidatar ao Programa estudantes de cursos de graduação universitária das áreas de Ciências Exatas, Biológicas e Engenharias, matriculados regularmente em instituições universitárias localizadas em países da América Latina e do Caribe. Serão aceitos pedidos de inscrição de candidato que prove a conclusão, até DEZEMBRO de 2011, de QUATRO semestres do curso no qual está matriculado ou equivalente (em sistemas anual, quadrimestral ou trimestral). Não serão aceitas inscrições de alunos que, no ato da inscrição, estejam no último semestre ou no primeiro, segundo ou terceiro semestre do curso. Os estudantes selecionados passarão os meses de janeiro e fevereiro de 2012 no campus do CNPEM, em Campinas, Estado de São Paulo, desenvolvendo um projeto de pesquisa, em uma das seguintes áreas: Aplicações de luz síncrotron Biologia molecular, celular e estrutural Ciência e tecnologia do bioetanol Ciência dos materiais (com ênfase em nanociência e nanotecnologia) Física e engenharia de aceleradores Instrumentação científica Os temas dos projetos são propostos por orientadores da equipe de pesquisadores dos Laboratórios Nacionais do CNPEM. Os estudantes dedicam-se em tempo integral ao projeto e suas obrigações incluem apresentar seminários e redigir um relatório com os resultados da pesquisa realizada (ao término do Programa). O CNPEM é operado pela Organização Social ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), mediante Contrato de Gestão. O FORMULÁRIO ELETRÔNICO PARA SE INSCREVER JÁ ESTÁ DISPONÍVEL

CURSO DE VERÃO 2012

O Curso de Verão de Fisiologia vem sendo realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP - USP). A cada ano, o curso se molda de acordo com objetivo de divulgar ciência, principalmente no campo das Ciências Fisiológicas. E essas propostas de divulgação do conhecimento científico demandam uma postura cada vez mais ousada no decorrer dos anos. Isto se verifica nos últimos três cursos, nos quais tem se dedicado mais tempo às atividades práticas em ambiente laboratorial, ensinando ao aluno participante desenhar experimentalmente um pequeno projeto, e a partir de seus resultados e discussões em grupo, poder analisar os conceitos que se encontram nos livros textos. Além disso, é dedicada uma hora por dia às exposições dos projetos em andamento pelos pós-graduandos e docentes de cada área da fisiologia, mostrando o quanto estão contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento em Fisiologia. Outra característica recente do Curso de Verão de Fisiologia é a preocupação em divulgar a ciência para jovens que almejam ingressar nas diferentes faculdades nas áreas biológicas, de saúde e também de áreas exatas que tenham interface com áreas biomédicas. Esse público - alvo, em especial, trata-se dos alunos de ensino médio que ao presenciarem ambientes acadêmicos podem ser motivados também a seguir carreiras científicas. O Curso de Verão de Fisiologia também busca estabelecer interfaces entre as várias áreas do conhecimento importante para entender o funcionamento do corpo humano. Abrangendo assim, desde os adeptos à morfologia e histologia, até aqueles que convivem com questões moleculares e intracelulares do organismo animal e Humano. Essas atuais abordagens do Curso de Verão de Fisiologia demonstram o quanto é importante investir em Ciência no Brasil, através de ações que busquem incluir pessoas de todos os lugares do país para que conheçam e saibam que a ciência per si, não é mais privilégio de poucos, mas de todo aquele que queira viver de boas ideias e pensamentos críticos. Coordenadores Profa. Dra. Terezila M. Coimbra Prof.Dr. Rubens Fazan Junior

IX Curso de Verão em Biologia Celular e Molecular

O IX Curso de Verão em Biologia Celular e Molecular é voltado para alunos de graduação de áreas relacionadas. Este é um curso gratuito de extensão universitária oferecido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.O curso é organizado e ministrado por alunos e orientadores do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Em um rico ambiente multidisciplinar, estes pesquisadores investigam diversas questões biológicas situadas na fronteira do conhecimento desta área. Para isso, utilizam ferramentas biológicas e computacionais, além de um notável parque de equipamentos. Durante as duas semanas do curso, os alunos não apenas participam de palestras sobre tópicos contemporâneos de biologia celular e molecular, mas também entram em contato com processos de geração de conhecimento e de investigação de estados fisiológicos e patogênicos, da biologia do câncer, de microorganismos parasitas e suas interações ou da biologia estrutural e do desenvolvimento. Assim, o IX Curso de Verão em Biologia Celular e Molecular pode contribuir de forma efetiva na formação acadêmica e científica de seus participantes ampliando seus horizontes e incentivando sua capacitação em áreas de fronteira em pesquisa e ensino. O Curso acontecerá do dia 22 de janeiro a 04 de fevereiro e a inscrição é totalmente gratuita e vai até o dia 15 de setembro de 2011.

IX CURSO DE VERÃO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR

O IX Curso de Verão em Biologia Celular e Molecular é voltado para alunos de graduação de áreas relacionadas. Este é um curso gratuito de extensão universitária oferecido pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.O curso é organizado e ministrado por alunos e orientadores do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Em um rico ambiente multidisciplinar, estes pesquisadores investigam diversas questões biológicas situadas na fronteira do conhecimento desta área. Para isso, utilizam ferramentas biológicas e computacionais, além de um notável parque de equipamentos.
Durante as duas semanas do curso, os alunos não apenas participam de palestras sobre tópicos contemporâneos de biologia celular e molecular, mas também entram em contato com processos de geração de conhecimento e de investigação de estados fisiológicos e patogênicos, da biologia do câncer, de microorganismos parasitas e suas interações ou da biologia estrutural e do desenvolvimento.
Assim, o IX Curso de Verão em Biologia Celular e Molecular pode contribuir de forma efetiva na formação acadêmica e científica de seus participantes ampliando seus horizontes e incentivando sua capacitação em áreas de fronteira em pesquisa e ensino.
O Curso acontecerá do dia 22 de janeiro a 04 de fevereiro e a inscrição é totalmente gratuita e vai até o dia 15 de setembro de 2011.

Aplicativo usa Facebook para simular pandemia de infecção viral

Biotec – 05/09/2011
O PiggyDemic servirá como um eficaz indicador de como determinadas infecções são disseminadas entre as populações

Um novo aplicativo disponível na rede social Facebook, desenvolvido em um laboratório da Universidade de Tel Aviv, em Israel, está pronto para servir como um eficaz indicador de como determinadas infecções são disseminadas entre as populações.

Os pesquisadores Gal Almogy e Nir Ben-Tal, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, estão desenvolvendo um aplicativo no Facebook chamado PiggyDemic, que permite aos usuários “contaminarem” seus amigos com um vírus simulado. Os padrões resultantes permitirão aos pesquisadores coletarem informações sobre como uma mutação do vírus se espalha a partir da interação humana e o número de pessoas infectadas.

Atualmente, os cientistas usam algoritmos matemáticos para mapear a disseminação do vírus, mas este método tem algumas falhas. ” O Facebook é a ferramenta ideal para tal empreendimento. As Interações digitais do site simulam as interações sociais.” observa Almogy.

Uma vez adicionado à conta de um usuário do Facebook, o PiggyDemic detecta os usuários com os quais a pessoa tem mais contato. A partir disso, os usuários são classificados como “suscetíveis”, “imunes” ou “infectados” . Os pesquisadores então vão se orientar por estas interações usando software de visualização da rede.

De acordo com Almogy, a modelagem exata da dinâmica viral é fundamental para o desenvolvimento de uma política de saúde pública. Questões como o uso de vacinas, medicamentos, e procedimentos anti-virais serão mais eficazes se eles forem capazes de prever com precisão o curso da infecção.

Fonte: Isaude.net

Computador biológico destrói células de câncer

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/09/2011

Computador biológico destrói células de câncer
As etapas da operação do biocomputador. A célula mais escura é uma célula saudável, e a célula verde é uma célula cancerosa HeLa. Em cima, o DNA (fitas azuis) é injetado nas células. Na linha do meio, o circuito detecta o perfil miRNA e desencadeia a morte celular. Na linha inferior, a célula verde sofre apoptose, enquanto a célula saudável permanece intacta.[Imagem: Yaakov Benenson]

Biocomputador

Cientistas incorporaram um computador biológico em células humanas in vitro.

O processador biológico reconhece determinadas células cancerosas usando combinações lógicas de cinco fatores moleculares específicos do câncer

Ao encontrar as células, o computador biológico à base de DNA dispara o mecanismo de autodestruição das células, a chamada apoptose, destruindo o tumor.

No futuro, processadores biológicos desse tipo poderão ser usados para o estudo de novos medicamentos e para tratar ou prevenir doenças.

Lógica booleana biológica

Zhen Xie e seus colegas do Instituto ETH, da Suíça, projetaram um circuito regulatório que detecta os níveis de um conjunto de microRNAs expressos em uma célula-alvo.

Quando encontra uma correspondência, que só existirá nas células cancerosas, o circuito aciona o processo de autodestruição celular, sem afetar as células normais.

Xie trabalha com o Dr. Yaakov Benenson, um dos pioneiros no campo dos computadores biológicos, "circuitos" à base de moléculas de DNA que operam em células vivas.

"Os fatores miRNA são submetidos a cálculos booleanos em cada célula onde são detectados. O biocomputador combina os fatores usando operações lógicas como AND e NOT, e somente gera o resultado necessário, ou seja, a morte celular, quando o cálculo inteiro com todos os fatores resulta em um valor lógico TRUE," explica o Dr. Benenson.

Computador biológico destrói células de câncer
Os primeiros cálculos de um biocomputador foram demonstrados pela equipe do Dr. Benenson em 2007. [Imagem: Kobi Benenson/Harvard]

Cálculo preciso

O principal objetivo da equipe é construir biocomputadores que detectem moléculas que contenham informações importantes sobre o bem-estar das células e processem essas informações para direcionar a resposta terapêutica apropriada quando a célula encontrada for anormal.

Agora, pela primeira vez eles criaram um "circuito" sintético multi-gene, cuja tarefa é distinguir entre o câncer e as células saudáveis e, posteriormente, induzir as células-alvo a se destruírem - sem a aplicação de nenhuma droga quimioterápica, por exemplo.

Os cientistas testaram a sua "rede genética" em dois tipos de células humanas cultivadas em laboratório: células do câncer cervical, chamadas de células HeLa, e células normais.

O biocomputador genético identificou e causou a destruição das células HeLa, mas não afetou as células saudáveis.

O circuito faz uma identificação positiva apenas quando todos os cinco fatores específicos do câncer estão presentes na célula, resultando em uma detecção do câncer de alta precisão.

Os pesquisadores esperam que o desenvolvimento possa servir de base para tratamentos anti-câncer muito específicos, embora o computador biológico sintético ainda esteja longe de poder ser testado em humanos.

Ficção científica possível

A seguir, a equipe pretende testar essa computação celular - filha de uma área emergente de pesquisas conhecida como biologia sintética - em um modelo animal.

Pode parecer ficção científica, mas Benenson acredita que isto é viável.

Talvez viável, mas não fácil: ainda existem problemas difíceis de resolver como, por exemplo, a inserção de genes estranhos em uma célula de forma eficiente e segura.

"Estamos ainda muito longe de um método de tratamento totalmente funcional para humanos. Este trabalho, entretanto, é um primeiro passo importante que demonstra a viabilidade de um método seletivo de diagnóstico ao nível de uma célula individual," disse Benenson.

Bibliografia:

Multi-Input RNAi-Based Logic Circuit for Identification of Specific Cancer Cells
Zhen Xie, Liliana Wroblewska, Laura Prochazka, Ron Weiss, Yaakov Benenson
Science
2 SEPTEMBER 2011
Vol.: 333 - PP. 1307-1311
DOI: 10.1126/science.1205527
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