quinta-feira, 31 de maio de 2012

Rever a lei de patentes é o principal desafio para o desenvolvimento da biotecnologia brasileira


O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, afirmou nesta quarta-feira, 30, que a aproximação entre a academia e empresa fortalece áreas nas quais o país ainda precisa ser mais expressivo, como a de patentes.
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Objetivo do evento é alinhar atuação da academia às demandas das empresas (Foto: Edson Morais - ACS/Capes)

"É preciso rever a lei de patentes no sentido de torná-la facilitadora, sobretudo para a área de biotecnologia, umas das áreas com o maior potencial de desenvolvimento de patentes. Com essa parceria, a possibilidade de conseguirmos mudanças é bem maior" explicou. O presidente participou da abertura do simpósio entre coordenadores de programas de pós-graduação da área de biotecnologia e empresários da bioindústria. "Mais que falar, nós da academia devemos ouvir a indústria e as demandas que ela tem a nos fazer", finalizou.
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Simpósio reuniu coordenadores de PPGs da área de Biotecnologia e empresários da bioindústria (Foto: Guilherme Feijó - ACS/Capes)

O evento segue até esta quinta-feira,31, no edifício-sede da Capes e tem o objetivo de incentivar a parceria academia-empresa.

Por meio da palestra "Panorama dos Programas de Pós-Graduação da área de Biotecnologia", a coordenadora da Área de Biotecnologia da Capes para o triênio 2011-2013, Maria Fátima Grossi de Sá, ressaltou o crescimento da área desde a sua criação e a demanda ainda existente hoje. "Em 2008, tínhamos 21 programas, hoje já temos 40 e com uma demanda que não para de crescer", disse. No entanto, completou dizendo que os mesmos motivos que levaram a criação da área são os que hoje ainda precisam ser priorizados. "Precisamos inovar tecnologicamente e consequentemente produzir mais patentes, além de induzir, por meio de disciplinas, o empreendedorismo na academia", disse.

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Para a coordenadora da área de Biotecnologia, Maria Fátima Grossi, o empreendedorismo deve ser induzido na academia (Foto: Guilherme Feijó - ACS/Capes)
A coordenadora ressaltou ainda como fatores indispensáveis ao trabalho conjunto academia-empresa o treinamento dos estudantes com foco em inovação, a indução de cursos de mestrado profissional e a concessão de bolsas nessas áreas estratégicas. No que tange aos investimentos privados, Grossi apontou a importância da divulgação de incentivos e benefícios fiscais relacionados ao financiamento de P&D para os setores acadêmicos e privados e atração de investimentos privados no Brasil apoiando o desenvolvimento da tecnologia, com visão de mercado. "É necessário que tenhamos conhecimento do mercado nacional e internacional para assim priorizar produtos que sejam competitivos para o Brasil", afirmou a coordenadora.


A diretora executiva da FarmaBrasil, Adriana Diaféria, representou o ramos das bioindústrias brasileiras apresentando o panorama nacional das empresas de biotecnologia no Brasil. Adriana citou a clareza e a agilidade no processo regulatório, bem como a discussão sobre o acesso à biodiversidade e o aperfeiçoamento da interação universidade-empresa, entre outros motivos, como fatores críticos ao sucesso do setor de biociências.

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Para diretora executiva do grupo FarmaBrasil, Ciência sem Fronteiras suprirá lacuna de qualificação de profissionais (Foto: Guilherme Feijó - ACS/Capes)

Adriana Diaféria citou ainda o programa Ciência sem Fronteiras como uma das formas de suprir a lacuna de profissionais qualificados na área da Biotecnologia. "A demanda que temos de profissionais casa com a iniciativa e o objetivo que a Capes tem de investir na qualificação internacional por meio do programa Ciência sem Fronteiras", disse Adriana.

Gisele Novais


Publicada por Assessoria de Comunicação Social da Capes   
Quarta, 30 de Maio de 2012 18:17

Fonte: Capes
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