quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Nature publica especial sobre biocombustíveis



Em reportagem da Agência FAPESP, o reporter Elton Alisson discorre acerca do suplemento da revista Nature atual (Vol. 474 No. 7352_supp ppS1-S43) o qual possui vários artigos científicos e reportagens que dizem respeito aos biocombustíveis utilizando-se de diferentes perspectivas e que possui o apoio da FAPESP.

A revista Nature lançou, em sua edição atual, um suplemento especial sobre biocombustíveis. A publicação tem apoio da FAPESP, do Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC) do Reino Unido, do BioEnergy Science Center (BESC), ligado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, e das empresas Ceres e BP.

Intitulado Semeando substitutos para combustíveis fósseis, o suplemento reúne artigos e reportagens que abordam os biocombustíveis sob diferentes perspectivas.
Moving forward with biofuels foi escrito por Carlos Henrique de Brito Cruz (diretor científico da FAPESP), Richard Flavell (cientista-chefe da Ceres), Martin Christie (diretor de comunicação e sustentabilidade da BP Biocombustíveis), Janet Allen (diretora de pesquisa da BBSRC), Douglas Kell (CEO da BBSRC), Martin Keller (diretor associado do Oak Ridge National Laboratory) e Paul Gilna (diretor do BESC).
            No texto, os autores destacam que os biocombustíveis podem ser uma parte significativa da resposta à pergunta que se faz hoje sobre como a humanidade pode seguir em direção à mobilidade de baixo carbono assegurando, por um lado, o suprimento necessário de alimentos e serviços ambientais suficientes e, por outro, minimizando ou mesmo revertendo a produção de gases de efeito estufa, em um contexto no qual se prevê que o uso de energia deverá dobrar até 2050.
            Segundo eles, os biocombustíveis podem substituir muitas aplicações do petróleo e, em particular, os combustíveis líquidos utilizados no transporte. Além disso, eles também podem servir como substitutos do petróleo nas indústrias petroquímicas, como, por exemplo, na produção de polímeros “verdes”.
            Em contrapartida, a produção de biocombustíveis de plantas tem gerado muita controvérsia e equívoco. O que, na opinião dos autores, justifica e torna oportuno o suplemento especial da revista sobre o tema.
           “A produção em larga escala de biocombustíveis, como parte de uma agricultura global mais eficiente, não é somente vital para a suficiência, segurança e sustentabilidade energética, como também é um dos principais temas na agenda de debates política, regulatória e de sustentabilidade”, afirmam.
            De acordo com o texto, em 2010 os Estados Unidos produziram 13 bilhões de litros de etanol de milho, o que corresponde, aproximadamente, a 10% do total do combustível que utilizam e representa um aumento de 800% em relação a 2000.
            Por sua vez, o Brasil também teve um aumento de sua produção, que chegou a, aproximadamente, 8 bilhões de litros de etanol de cana-de-açúcar, representando cerca de 50% do combustível utilizado no país. Mas esse aumento não foi obtido apenas com a expansão do uso da terra para plantio.
            Houve também um considerável aumento de produtividade. “A produtividade da cana-de-açúcar aumentou no Brasil de 50 toneladas por hectare em 1975 para 80 toneladas por hectare em 2005”, apontam os autores.
            O texto também destaca a experiência bem-sucedida do Brasil na utilização do etanol de cana-de-açúcar como combustível, por meio de pequenas mudanças nos motores dos automóveis e na produção do chamado polietileno “verde” por companhias petroquímicas como a Braskem, além do farneseno (o diesel da cana), que deverá começar a ser produzido em breve no país pela empresa Amyris.
          “Quanto mais informações forem reunidas de experimentos realizados em grande escala nos Estados Unidos, com o milho, e no Brasil, com a cana-de-açúcar, mais inovações e/ou melhorias serão possíveis em todas as etapas da cadeia de produção, assim como nos novos projetos de processos de produção e biorrefinarias”, afirmam.
Lições do Brasil
           No artigo Lessons from Brazil, a professora de economia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP), Marcia Azanha Ferraz Dias de Moraes, aborda lições que o Brasil pode oferecer para outros países com base em sua experiência de 35 anos como um dos maiores produtores mundiais de biocombustível.
           Essas lições incluem a viabilidade de se substituir parte do combustível fóssil por uma alternativa renovável, a necessidade de regras claras sobre o funcionamento do mercado, a presença de uma economia de escala, a proteção ao meio ambiente e a atração ao investimento estrangeiro.
           “Qualquer país que queira atrair investimento doméstico ou estrangeiro precisa ter regras claras sobre o funcionamento de seu mercado de etanol. É preciso que estabeleça, entre outras coisas, como será a formação de preços, a competição com a gasolina, uma política de financiamento de estoque e de criação de empregos”, disse Moraes à Agência FAPESP.
            Entre os outros artigos publicados no suplemento estão: A new hope for Africa, de Lee Lynd, da Thayer School of Engineering do Dartmouth College; Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil, de Scott Loarie, pesquisador do Departamento de Ecologia Global da Carnegie Institution for Science, e outros; e Microbial production of fatty-acid derived fuels and chemicals from plant biomass, de Eric Steen, do Departamento de Bioengenharia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e colegas.
O suplemento especial Nature Outlook sobre biocombustíveis pode ser acessado emwww.nature.com/nature/outlook/biofuels.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Uma nova droga que poderia curar de resfriado a AIDS


De acordo com o pesquisador Todd Rider do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), estamos mais perto de um antiviral potente como nunca visto antes. Ele desenvolveu uma droga chamada de Draco, que derrotou com sucesso 15 diferentes tipos de vírus em testes em tecidos de camundongos e humanos. Dentre esses tipos estão incluídos alguns, literalmente, mortais: vírus da dengue, poliovírus, vírus influenza, e especialmente o vírus Ebola. E, sim, até vírus de resfriados foram testados, e a droga foi capaz de eliminá-lo também.
Mas como a Draco funciona?
Proteínas naturais em uma célula infectada detectam a presença do vírus. Essas proteínas são sensíveis à dupla fita de RNA, que está presente em quase todos os tipos de vírus.
Todd Rider pegou uma dessas proteínas naturais e ligou à outra proteína natural – também presente em todas as células – que leva à morte celular.
Para ajudar a nova proteína a penetrar na célula, ele adicionou uma característica que imita parte do HIV, pegando emprestado a sua habilidade de invadir células.
Uma vez administrada, a droga viaja pelo corpo mas irá somente ativar as células infectadas. Em questão de horas, a parte da droga sensível ao RNA detecta o vírus e ativa a parte suicida da célula. Quando a célula hospedeira morre, o vírus também.
Resultado 
Treated=tratado / Untreated=não tratado
Dessa forma, mesmo que o pesquisador tenha testado a droga em tecido humano, não significa que estamos prontos para testes em humanos. Ainda há um longo caminho pela frente e muitos testes em animais, antes de a droga chegar nas farmácias.
A Draco tem algumas similaridades com o interferon – ambos são à base de proteínas, o que significa que ela poderia provocar uma resposta imunológica, mesmo não havendo essa resposta nos camundongos que receberam a droga. São boas notícias, mas não pode-se correlacionar com as experiências em humanos.
Se a Draco ou um dos outros antivirais funcionasse, isso mudaria a saúde global da noite para o dia. A habilidade de curar pequenas infecções como um resfriado comum poderia poupar as pessoas de ficar alguns dias doentes cada ano – que através de uma população inteira poderia adicionar até uma força de trabalho muito mais eficiente.
Publicado no site http://www.biomedicinapadrao.com no dia 21 DE DEZEMBRO DE 2011,

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ministério da Saúde e Butantan realizam acordo para fabricação de Nacional de vacinas


            Acordo firmado com o laboratório para promover o desenvolvimento e a produção nacional de vacinas, soros e hemoderivados.
                                           
Foi divulgado no Blog da Saúde e por Priscila Costa e Silva no Portal da Saúde que, o Ministério da Saúde e o governo do Estado de São Paulo  firmaram hoje, terça-feira (20 dezembro de 2011), um acordo para estimular a produção nacional de produtos biológicos, como vacinas, soros e hemoderivados , pelo Instituto Butantan. A parceria foi definida em visita do ministro Alexandre Padilha ao laboratório público paulista.
O investimento inicialmente realizado pelo ministério será de R$ 20 milhões que serão  utilizados no aprimoramento da produção do laboratório, com destaque para as vacinas contra difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. O estado dará contrapartida de outros R$ 20 milhões. Os recursos, que serão aplicados ao longo de 2012, são quase cinco vezes maiores que o investimento federal médio anual feito no Butantan ao longo dos últimos oito anos.
Também foi firmado acordo de cooperação técnica entre o Butantan e a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), que trabalharão em parceria para aprimorar a produção de derivados do sangue no país. A Hemobrás focará no atendimento em larga escala do mercado nacional, enquanto o Butantan apoiará o desenvolvimento de tecnologias para os hemoderivados.
A Hemobrás comprometeu-se também a fornecer ao Butantan os lotes pilotos de plasma que o laboratório utilizará na pesquisa e no desenvolvimento de hemoderivados.
“É bom para o país e para o SUS termos a Hemobrás, que será a maior produtora de homoderivados do Brasil, e o Butantan trabalhando juntos. Esta parceria é um grande passo para tornar o Brasil auto-suficiente em hemoderivados” declarou Padilha.
O Instituto Butantan é uma instituição bastante estratégica para o desenvolvimento de produtos biológicos, pois produz e fornece para a rede pública as vacinas para influenza, difteria e tétano, hepatite B, tríplice DTP (difteria), tétano e pertussis (coqueluche). Neste ano, o laboratório iniciou a produção independente de vacinas da gripe, fornecendo cerca de 3 milhões de doses para a última campanha sazonal do Ministério da Saúde. A previsão é que, a partir de 2012, o Butantan passe a produzir, anualmente, cerca de 20 milhões de doses o que representa um número muito maior de doses produzidas e, com isso, seria o suficiente para suprir as necessidades da campanha sazonal.
           OUTRAS PARCERIAS – O Ministério da Saúde tem estabelecido diversas Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDPs) com laboratórios públicos e privados, com o objetivo de desenvolver o Complexo Industrial da Saúde. Este ano, foram firmadas nove novas parcerias com empresas públicas e privadas, totalizando 28 acordos em andamento para produção nacional de tratamentos de doenças que atingem a população, como Parkinson e artrite reumatóide.
Com todas essas parcerias, 29 produtos de saúde (28 medicamentos e o DIU) passarão a ser fabricados no país. A produção de cinco deles já começou – tenofovir, clozapina, quetiapina, toxina botulínica, e tacrolimo. Os medicamentos envolvem tratamento para DSTs, doenças crônicas não transmissíveis, doenças degenerativas, doença de Crohn, antipsicóticos, hemofilia e tuberculose. Estão envolvidos 31 laboratórios, sendo 10 públicos e 21 privados, nacionais e estrangeiros.
As parcerias vão gerar uma economia estimada de R$ 400 milhões por ano. Este valor, somado à redução de custos gerada por inovação tecnológica e melhor gestão de recursos em vacinas, negociações e centralização de compras, leva a uma redução de gastos equivalente a R$ 1,7 bilhão por ano no orçamento do Ministério da Saúde.
O Blog da Biotecnologia vem a público parabenizar o Ministério da Saúde e o governo do Estado de São Paulo pela desafiadora e importante iniciativa a qual, na minha concepção, favorecerá não somente o avanço da produção nacional anteriormente citada, mas também, o desenvolvimento da ciência nacional dentro desse setor.

domingo, 18 de dezembro de 2011

XVI Prêmio Jovem Talento em Ciência da Vida

Prêmio em dinheiro no valor de US$ 1,500. 00 (um mil e quinhentos dólares norte- americanos) .
Passagem aérea para participar de um Congresso Internacional de escolha do candidato*.
Apresentar o trabalho durante a 41 Reunião Anual da SBBq

A Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e a GE Healthcare Life Sciences convidam todos os estudantes dos países da América Latina a participarem deste desafio científico. Uma oportunidade para você multiplicar suas chances e ir além de simples possibilidades.

Poderão se Inscrever: Alunos de INICIAÇÃO CIENTÍFICA E pós-graduação (MESTRADO E doutorado) realizando sua tese nos países da América Latina, e Doutores com tese concluída após 30 de JANEIRO de 2011.

Documentos para Inscrição:


Curriculum Vitae
Carta de Recomendação
Cópias dos artigos completos publicados pelo candidato
Resumo em inglês com até 250 palavras
Comprovante de inscrição em curso de pós-graduação ou certificado de defesa de tese.
CD contendo todos os itens anteriores no formato PDF.
Inscrições abertas até 03 de fevereiro de 2012.

Obs.: Os documentos não serão devolvidos.

Endereço para Inscrição:

Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq)
a/c Prêmio Jovem Talento
Av. Prof. Lineu Prestes, 748, bloco 3 superior, sala 0367 - CEP 05508-000,
Butantã, São Paulo - SP - Brasil.

Seleção: O comitê encarregado da seleção será composto por membros destacados da nossa comunidade científica, indicados pela diretoria da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. O Comitê analisará todos os inscritos e selecionará até 5 candidatos para apresentarem seus trabalhos na 41ª Reunião Anual os quais serão avaliados durante o Simpósio. O resultado final será anunciado durante a cerimônia de encerramento. O vencedor deverá ceder aos organizadores do prêmio o direito de divulgação e publicidade de sua imagem.

Prescrição do direito ao prêmio: Caso o prêmio não seja solicitado no prazo de 1 ano contado a partir da data da premiação que acontecerá durante a 41ª Reunião Anual da SBBq, o candidato escolhido perderá o direito ao prêmio.


Fonte: Sbbq
© 2011 SBBq - Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular

sábado, 17 de dezembro de 2011

Biotecnologia é tema de programa na TV UFG

         Em edição do programa Faz o Quê, produzido pela TV da Universidade Federal de Goiás (UFG), universidade do centro-oeste com mais 50 anos de existência, foi exibido originalmente em 4 de maio de 2011. O tema é o curso de Biotecnologia e a carreira de biotecnologista (referida como biotecnólogo no vídeo). Participam do programa o biotecnólogo Pedro Cravo  e os professores Kátia Fernandes, José Daniel Gonçalves Vieira, Flávia Oliveira, André Corrêa Amaral e Fabíola Fiaccadori, além de outros profissionais.
         O Blog da Biotecnologia parabeniza a TV UFG pela realização e divulgação desse profissional no mercado de trabalho!
Bloco I

Bloco 2


Se você se interessou e gostaria de conhecer mais sobre a TV UFG, entre no site e confira mais. site: TV UFG

Segue baixo maiores detalhes sobre o programa:


Biotecnologia entra na pauta do Faz o Quê?

Relativamente nova, carreira da área de Ciências Biológicas já tem boa procura no Processo Seletivo
O biotecnólogo é um profissional de formação multidisciplinar — uma formação que passa pelo estudo da biologia, da química, da física, da matemática e da computação. Ele é capaz de utilizar estes conhecimentos em uma gama de aplicações, desenvolvendo produtos e tecnologias que contemplam a saúde humana e animal, os alimentos, a pecuária e a agricultura. Para saber mais sobre o curso e o dia-a-dia do graduado na área, assista aoFaz o Quê? desta quarta-feira, 4. O programa vai ar às19 horas pela TV UFG.
A carreira de biotecnólogo é relativamente nova, mas tem atraído muita gente. No último Processo Seletivo da Universidade Federal de Goiás (2011-1), 176 vestibulandos disputaram as 30 vagas oferecidas no curso.
Para esta edição, a equipe do Faz o Quê? conversou com o biotecnólogo Pedro Cravo e com os professores Kátia Fernandes, José Daniel Gonçalves Vieira, Flávia Oliveira, André Corrêa Amaral e Fabíola Fiaccadori, além de outros profissionais. Eles traçaram um panorama do que vai estudar e do que vai fazer o bacharel em Biotecnologia.
Ainda no programa desta semana, a coordenadora pedagógica do Centro de Seleção da UFG, Suely do Carmo, dá dicas sobre as questões discursivas das provas do “vestibular”.
Faz o Quê? é um projeto de extensão da Pró-reitoria de Graduação da Universidade Federal de Goiás. Vai ao ar às quartas-feiras, às 19 horas, com reprises aos sábados e domingos, às 16h30 e 15 horas, respectivamente.
A TV UFG — associada da TV Brasil e membro da Rede Ifes — é transmitida pelo canal 14 UHF e pelo sitehttp://www.rtve.org.br. É possível entrar em contato com a equipe do Faz o Quê? pelo e-mail fazoque@rtve.org.br
Acesse também o Twitter da TV UFG (http://twitter.com/tvufg) e o canal no YouTube (http://www.youtube.com/TVUFGcanal14).
Serviço:
Programa: Faz o quê?
Emissora: TV UFG - Canal 14 UHF.
Horário: quarta- feira, às 19 horas.
Reprises: sábado, às 16h30, e domingo, às 15 horas.

Fonte: RtvE

Simpósio Internacional de microRNA 2012



           Acontecerá entre os dias 25 e 27 de março de 2012, em São Paulo, O Simpósio Internacional de microRNA 2012. MicroRNAa (miRNA) são endógenos e possuem apenas 22 nucleotídeos de RNA que desempenham importante papel regulatório em animais e plantas, visando o mRNA para clivagem ou repressão translacional. 
           Apesar de escapado um pouco do noticiário diário, miRNAs constituem uma das classes de moléculas mais abundantes que regulam os genes em organismos multicelulares e influenciam provavelmente o "output" de muitos genes que codificam para proteínas. 
           O controle transcricional do desenvolvimento e diferenciação celular, reprogramação celular, regulação epigenética, biologia de células tronco, o papel em muitas doenças e potenciais aplicações terapêuticas são alguns dos tópicos que são exaltados no campo dos microRNAs, resultando em uma grande atração de importantes e produtivos grupos de pesquisa.


Maiores informações no site do evento: Simpósio Internacional de microRNA 2012 


Texto baseado no do site.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

10º Congresso Internacional de Biologia Celular


            A Sociedade Brasileira de Biologia Celular (SBBC) e a Federação Internacional de Biologia Celular (IFCB) promoverão, entre 25 e 28 de julho de 2012, o 10º Congresso Internacional de Biologia Celular.

           Destinado a pesquisadores, estudantes e profissionais do setor, o evento – que ocorrerá junto ao 16º Congresso Brasileiro de Biologia Celular – tem como objetivo a discussão de novos temas, técnicas e abordagens que consolidem colaborações nacionais e internacionais.
            O encontro será realizado no Rio de Janeiro e contará com cursos, palestras, simpósios, mesas-redondas, sessões de pôsteres, apresentações orais e conferências.
           Bruce Alberts, da University of California (EUA); Daniel St. Johnston, da University of Cambridge (Inglaterra); e Jennifer Lippincott-Schwartz, do National Institute of Child Health and Human Development (Inglaterra), estão entre os convidados estrangeiros de destaque.
           Interessados em participar do evento podem se inscrever pelo b>site e o envio de resumos poderá ser feito até 30 de janeiro de 2012.
Mais informações: www.sbbc.org.br/iccb ou pelo e-mail iccb2012@interevent.com.br
Fonte: Agência FAPESP 

Curso de redação científica


             Oferecido pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, curso capacita alunos para a redação de textos acadêmicos, que incluem relatórios, artigos para revistas especializadas e resumos para congressos               

             A partir de 15 de dezembro estarão abertas as inscrições para o curso de extensão de Redação Científica, oferecido pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

               Com início previsto para 3 de março e término em 14 de abril de 2012, o curso tem como objetivo capacitar os alunos para a redação de textos acadêmicos, que incluem relatórios, artigos para revistas especializadas e resumos para congressos.
               As aulas do curso abordarão características estruturais e estilísticas dos textos acadêmicos; recursos textuais: coesão, coerência, referenciação e progressão tópica; adequação do vocabulário; a função das notas de rodapé; formatação da bibliografia; expressões; e reciclagem gramatical.
               O curso de Redação Científica tem como público-alvo pesquisadores, estudantes de graduação ou de pós-graduação e demais interessados pelo tema.

As inscrições se encerram em 28 de fevereiro.
Mais informações e inscrições: www.extecamp.unicamp.br/extensao 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

CURSO DE VERÃO EM PATOLOGIA GERAL BÁSICA



A área de Patologia Geral do Departamento de Ciências Patológicas da Universidade Estadual de Londrina oferecerá em janeiro de 2012 o primeiro curso de verão em Patologia Geral. O curso tem como objetivo introduzir graduandos e graduados de diversos cursos de nível superior aos conhecimentos da Patologia Geral, permitindo os mesmos compreendam alguns dos processos envolvidos em doenças e se habilitem a prestar concursos e provas que exijam a formação nesta disciplina. Trata-se de um curso de extensão para qualificação profissional.
Duração
A duração do Curso será de 64 horas (34h teóricas e 34h práticas) se iniciará no dia 09 de janeiro às 9:00 as 12:00 sala de aula da Pós-Graduação em Patologia Experimental (endereço abaixo) com término previsto para o dia 20 de janeiro.

Número de Vagas
Serão ofertadas no máximo 40 vagas.

Inscrição
A inscrição deverá ser realizada através do ITEDES (Av.Castelo Branco, 655. Londrina-PR, Fone (43) 3328-2400) até o dia 06 de janeiro, para a inscrição será necessário levar:
  •  Identificação de ensino superior (comprovante de matrícula ou comprovante de conclusão de curso)
  • Valor de R$50,00 (cinquenta reais) para a taxa de inscrição
Para inscrições a distância, favor entrar em contato com o ITEDES.

Maiores informações: UEL

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Coração ganha novo aliado contra infartos

Por Mônica Pileggi

        Estudo publicado na Science Translational Medicine, com participação de bolsista da FAPESP, descreve nova molécula que inibe os efeitos prejudiciais ao coração promovidos pela tolerância à nitroglicerina

     Agência FAPESP – Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine, com participação de bolsista da FAPESP, descreve uma molécula que, administrada juntamente com a nitroglicerina, pode evitar infartos mais graves decorrentes da tolerância ao composto.

            A nitroglicerina é um composto químico explosivo obtido a partir da reação de nitração da glicerina. Além de sua aplicação em explosivos, o composto é utilizado na medicina há séculos como vasodilatador no tratamento de dores no peito, conhecidas como angina. O tratamento também é utilizado nas salas de emergência de hospitais, quando pacientes chegam com sinais de infarto agudo de miocárdio.

            Entretanto, os benefícios da nitroglicerina para o coração estão limitados pelo desenvolvimento de tolerância ao composto. Na pesquisa, realizada no Departamento de Química e Biologia de Sistemas da Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, o brasileiro Julio Cesar Batista Ferreira e o chinês Lihan Sun, doutorandos na instituição, descobriram que a intolerância à nitroglicerina não se deve somente à perda do efeito vasodilatador do medicamento.

            Segundo Ferreira, quando precedido do infarto do miocárdio, o uso sustentado de nitroglicerina pode causar efeitos devastadores ao coração. O estudo foi coordenado pela professora Daria Mochly-Rosen.

            A tolerância à nitroglicerina é resultado da inativação da aldeído-desidrogenase 2 (ALDH2), uma enzima essencial para a proteção cardíaca em humanos e animais vítimas de infartos. O trabalho teve seus resultados publicados no início do mês na Science Translational Medicine.

            O estudo verificou que a molécula ALDA-1, também descoberta pelos pesquisadores de Stanford, é capaz de manter o funcionamento de ALDH2 e evitar efeitos deletérios decorrentes da tolerância à nitroglicerina durante o ataque cardíaco.

            Ferreira fez Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP), com bolsas da FAPESP, e está atualmente em Stanford. Em 2012, retornará à USP, após ter sido aprovado em concurso para lecionar no Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas.

            De acordo com Ferreira, ao ser administrada junto à nitroglicerina, a ALDA-1 mantém a enzima ALDH2 ativada durante o infarto do miocárdio, inibindo os efeitos prejudiciais ao coração da tolerância à nitroglicerina.

            “Em casos de dores no peito e infarto, médicos costumam administrar a nitroglicerina em cicloson/off – de 16 horas com o fármaco e 8 horas sem –, na tentativa de mascarar o efeito de tolerância. Mas esse período prolongado leva à inativação da ALDH2, fator que eleva as chances de um infarto mais grave”, disse à Agência FAPESP.

            O pesquisador explica que a ALDH2 é uma enzima mitocondrial cujas funções são essenciais no sistema cardiovascular, entre as quais catalisar a conversão da nitroglicerina ao vasodilatador óxido nítrico e remover aldeídos tóxicos produzidos durante o infarto do miocárdio.

            “Com a inibição dessa enzima pelo excesso de nitroglicerina, esses aldeídos se acumulam no coração e passam a se ligar a proteínas, lipídios e ao DNA, resultando na morte celular durante o infarto do miocárdio. Com a ALDH2 ativada, é possível remover com mais facilidade esses aldeídos, minimizando os danos ao coração”, disse Ferreira.

            O estudo foi feito em ratos. Após a administração da nitroglicerina por 16 horas, os pesquisadores induziram infarto do miocárdio nos animais e observaram que o grupo com nitroglicerina apresentou disfunção cardíaca maior do que os demais ao longo de três semanas após o infarto.

            “Porém, quando administramos a nitroglicerina combinada à ALDA-1, os efeitos deletérios da tolerância ao medicamento não se manifestaram”, destacou.

            O artigo ALDH2 Activator Inhibits Increased Myocardial Infarction Injury by Nitroglycerin Tolerance (doi: 10.1126/scitranslmed.3002067), de Júlio Cesar Batista Ferreira e outros, pode ser lido por assinantes da Science Translational Medicine


Fonte:FAPESP

sábado, 10 de dezembro de 2011

Controle genético de insetos é testado em projeto pioneiro na América Latina





Preparação dos mosquitos transgênicos para serem liberados no campo

Pesquisadores da USP utilizam mosquito transgênico para suprimir população de Aedes aegypti no bairro de Itaberaba em Juazeiro (BA)

Os benefícios proporcionados pela biotecnologia, cada vez mais evidentes nas lavouras do mundo inteiro, estão próximos de alcançar também um dos maiores desafios das políticas públicas de saúde: o controle de insetos. Pesquisa que está em fase final de desenvolvimento na Bahia utiliza mosquitos geneticamente modificados no combate ao Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue - doença que afeta pessoas em mais de 100 países e que, somente no Brasil, entre janeiro e agosto de 2011, registrou 608 mil casos.
 “A alta capacidade reprodutiva dos mosquitos, somada ao custo de manutenção de programas públicos e às populações resistentes aos inseticidas, tornam falho o controle de vetores”, explica a professora e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP) Margareth Capurro, responsável pelo estudo de campo no bairro de Itaberaba, em Juazeiro, Bahia. O projeto utiliza a biotecnologia a favor da saúde pública e do controle da dengue, e é uma parceria do ICB/USP com as empresas Moscamed e Oxitec. “Outros países estão testando essas linhagens, mas o Brasil é o primeiro da América Latina nesse tipo de pesquisa para a dengue”, conta a pesquisadora.
Segundo Margareth, o principal desafio do projeto “é avaliar se linhagens transgênicas podem suprimir populações de mosquitos”. Neste caso, a linhagem usada de mosquito transgênico é a OX513A do Aedes aegypti. “Nossa intenção é controlar o mosquito e, como consequência, barrar a transmissão do vírus”, explica Danilo Carvalho, gerente do projeto em Juazeiro. “Erradicar a espécie é uma tarefa complicada e não acreditamos que isso seja possível, já que o mosquito é extremamente adaptado e adaptável ao ambiente onde o homem está inserido. Porém, reduzir significativamente o número de mosquitos é possível e é nisso que acreditamos”, avalia Carvalho.

Técnicas inovadoras
De acordo com os especialistas da USP, o controle genético dos insetos funciona da seguinte maneira: os machos carregam um gene letal para a prole. As proles de todas as fêmeas que copularem com os machos transgênicos não sobrevivem. Trata-se de um sistema transgênico, espécie-específico que induz letalidade nos organismos portadores do transgene, que passa então a ser uma característica da espécie. A técnica é conhecida como RIDL (Liberação de Insetos Carregando um Sistema Letal de Genética Dominante) e baseia-se na criação massiva e liberação na natureza de um grande número de mosquitos machos geneticamente modificados a fim de copularem com fêmeas silvestres, gerando larvas que morrerão nos primeiros dias de desenvolvimento - em geral em até cinco dias, - antes de atingirem condições de transmitir a dengue. Carvalho explica que o motivo da escolha da técnica de RIDL está alinhado com o objetivo do projeto, que é apenas suprimir geneticamente a espécie na região, e não inserir um novo gene na população de mosquitos. “Para a larva continuar viva, é necessária a ingestão de um antibiótico (antídoto), caso contrário, ela morre”, explica. “E quando morre no ambiente natural, leva com ela o gene modificado”, completa o pesquisador.
            A principal diferença entre este modelo de controle e os inseticidas comumente usados é a especificidade. “Este pode ser considerado um “inseticida específico” para osAedes, pois não afeta nenhum outro inseto. Os inseticidas químicos afetam tanto o mosquito como os insetos benéficos, como, por exemplo, as abelhas”, explica Margareth.
Para mensurar os resultados, os pesquisadores utilizam dois métodos: o primeiro é o próprio monitoramento, pois quando o macho transgênico copular com a fêmea selvagem, todos os filhos apresentarão o gene letal e será possível identificar a marcação genética promovida por uma proteína fluorescente (DsRed). “É desse modo que podemos afirmar que os mosquitos copularam no campo e inferir que, quanto mais larvas transgênicas forem encontradas, mais os machos transgênicos estão funcionando”, diz Danilo. “A outra metodologia é fazer uma recaptura dos insetos. Nesse caso, fazemos uma segunda marcação dos mosquitos a serem liberados com um pó fluorescente e, por meio de ar
madilhas ou aspirações, podemos dizer a proporção de machos (selvagens e transgênicos) e fêmeas, pois quando a proporção de selvagens diminuir, significa que estamos em quadro de supressão”, finaliza.

A Oxitec fez o mesmo estudo nas Ilhas Cayman entre 2009 e 2010 e, por isso, é parceira do projeto. A experiência caribenha, recentemente publicada na revista Nature Biotechnology, liberou três milhões de mosquitos transgênicos numa pequena área que foi capaz de reduzir a população da espécie em 80% ao longo de seis meses.

Resultados
Até o momento, os pesquisadores encontraram 40% do total de larvas transgênicas capturadas nas ovitrampas (armadilhas com larvicida que atraem o mosquito), sendo que, para iniciar o quadro de supressão, é necessário atingir 50% das larvas. “Por essa razão estamos trabalhando para aumentar nossa produção e atingir o estágio de supressão em breve”, resume Danilo.
A equipe vem realizando uma comunicação intensa com a população de Juazeiro, com visitas às casas dos moradores, palestras nas escolas e comunidades, entrevistas em rádio e TV, folhetos explicativos e manutenção da informação diária pelo twitter. “Os habitantes foram bastante receptivos, entenderam a proposta do projeto e reagiram positivamente”, conta Margareth, que junto ao seu time de especialistas, já está preparando a extensão do projeto por meio do monitoramento de outras localidades aprovadas pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) para receber os mosquitos transgênicos.

Fonte: Monsanto



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